quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ACOMPANHAMENTO PASTORAL



ACOMPANHAMENTO PASTORAL

Quando se propõem a discutir o tema “Aconselhamento Pastoral”, algumas perguntas são neces¬sárias para reflexão: Qual a consciência da igreja como Comunidade Terapêutica? O que a igreja está fazendo de prático e eficaz na busca de solução para os aconselhamentos? Seria correto ter na igreja um “ministério” específico para aconselhamento? Por que são poucas as igrejas que fazem este trabalho de forma eficiente?
O Aconselhamento Pastoral é sem dúvida alguma é de fundamental importância, pois, muitos são aqueles que estão “feridos” e precisam ser ajudados. Mas deve-se tomar
algumas precauções, para que o aconselhamento em vez de ser uma fonte de ajuda, seja mais um vilão para o aconselhado.
O conselheiro é responsável pela dimensão que o aconselhamento toma, pois à medida que este vai se intensificando, o aconselhado vai transferindo suas emoções para o Conselheiro. Este deve estar atento para estas transferências, pois, se torna um bloqueio para o sucesso da terapia.
No Aconselhamento, deve ficar claro para o aconselhado, que o resultado das nossas decisões e escolhas, dá o início à construção de bases sólidas para uma vida equilibrada.
Mas nem sempre o aconselhado quer que chegue ao fim o aconselhamento, pois este se torna às vezes um refúgio para ele, e assim começa sem perceber sabotar o aconselhamento.

TRANSFERÊNCIA E CONTRA-TRANSFERÊNCIA

1 – O que é Transferência?
A transferência se dá quando o aconselhado transfere suas emoções, seja negativas ou positivas, para o conselheiro e isto faz com que o tratamento seja bloqueado.
No caso de filhos que tem pais rigorosos, se ele percebe esta atitude progressiva em questão de educação da parte de seu conselheiro, o aconselhado irá transferir sua hostilidade, inconscientemente, para o conselheiro, e assim não será possível restabelecer uma base de relacionamento de confiança.
Apesar dos esforços sinceros do conselheiro, o aconselhamento já está prejudicado, automaticamente o aconselhamento está rompido, pois não há mais por parte do aconselhado confiança. Assim o conselheiro fica inseguro, e a tensão não é mais superada. O correto nesta situação é transferi-lo para outro conselheiro.
A transferência é a tendência das pessoas de fazer reviver reações emocionais e padrões de conduta, e podem manifestar-se a qualquer momento.

2 – Como as Transferências se Manifestam?
Consistem especialmente em esperanças, expectativas e temores que estão ligados a fortes reações emocionais, ou seja, consiste no “eu”. Do ponto subjetivo esta transferência é útil, lógica e compreensível, mas objetivamente parece não ter lógica sendo até considerada ridícula.
Mas quando uma criança é acostumada com mimos, mais tarde transfere para seu cônjuge a tarefa de continuar com os mimos da infância. Mas se o cônjuge tem a mesma expectativa, de ser mimado cuidado e protegido, o relacionamento está em perigo, e fadado ao fracasso, se não tiveram ajuda externa.

3 – Diferentes formas de Transferências
Estas podem ser situacional (como objetos, atmosfera, que desperta recordações agradáveis ou desagradáveis), e pode ser emocional (tom de voz agradável; maneira delicada no trato, extrovertida; empatia; cheiro; o olhar que desperta confiança).
Todas as simpatias, atrações, sentimentos de ódio e raiva, afeição e amor podem ser mobilizados na transferência. As recordações dolorosas transferidas trazem reações impensadas.

4 – Contratransferências
Dá-se quando o conselheiro transfere, inconscientemente, seus sentimentos para o aconselhado. Pode ser a maneira de comportar-se do aconselhado, ou pode ser um tipo específico de pessoa, que o conselheiro não consegue lidar como: Idosos; certos homens, mulheres ou tipos de grupos, liberais, fanáticos, legalistas, neuróticos, superminucioso ou superperfeccionista.
Para não cair no erro de fazer pré-julgamentos, o conselheiro precisa conscientizar-se de seus pontos fracos.

5 – A Transferências como meio para um fim.
O aconselhado quer ser uma pessoa sadia, mas não querem ficar sadias, pois inconscientemente não contribuem de modo responsável para curar-se.
No caso do neurótico, ele precisa da sua doença e seus sintomas para poder viver, ou seja, usa a doença para esquivar-se das tarefas da vida. Quando o aconselhamento chega ao ponto crítico, o neurótico começa a mudar. Mas por não querer esta mudança, inconscientemente começa a sabotar o aconselhamento.
O aconselhado elogia o conselheiro, e este desperta sua vaidade reprimida, e sua auto-estima se eleva. Assim o paciente consegue fazer os conflitos que surgem serem interrompidos e o sucesso do tratamento terapêutico fica estagnado.
O objetivo dos elogios é fazer com que o conselheiro vai de encontro aos interesses do aconselhado.
Outra transferência inconscientemente como meio para um fim, é o aconselhado apaixonar-se pelo conselheiro. O objetivo é sabotar o seu trabalho e acabar com os conflitos, visando assim manter o estado anterior, ou seja, mesmo querendo ser ajudado, o aconselhado tem medo de qualquer mudança, pois, teme as responsabilidades que terá que assumir como pessoa sadia.
Opta por uma cura auto-sugestionada, evita ocupar-se com seus verdadeiros objetivos e motivos errôneos. Tem medo da verdade.

6 – Contratransferências e Identificação Exagerada.
Manifesta-se sobre a forma exagerada de identificação. Significa equiparar-se, ou seja, existe uma afinidade com a outra pessoa, uma identificação.
Até pode existir uma identificação, mas deve-se tomar cuidado para não exagerar. Pois ao identificar certos problemas, o conselheiro pode torná-los seus. Inconscientemente os problemas do aconselhado podem ser exageradamente identificados. O conselheiro faz uma contratransferência presumindo uma identificação com seus problemas, assim ele causará mais estragos do que ajudá-lo.
A contratransferência deixa o conselheiro “cego” para o verdadeiro motivo, e impossibilita que o paciente seja ajudado com eficácia.

7 – Qual é a Relação entre Transferência e Resistência?
A relação está na fuga das responsabilidades. Se o aconselhado está acostumado a fugir das responsabilidades da vida, não conseguirá se dar bem em nenhum relacionamento, seja afetivo, profissional ou familiar. E na primeira oportunidade transferirá para o conselheiro o papel do pai forte ou mãe carinhosa. Assim a fuga das responsabilidades continuará. Este é seu objetivo oculto.
Se o conselheiro abre espaço, o aconselhado não esperara para ocupar este lugar seguro. Quando menos se esperar o conselheiro será atropelado, e não se livrara permanecendo assim prisioneiro da neurose do aconselhado. E quando o conselheiro tenta conscientizá-lo do que está acontecendo, o aconselhado começa a resistir o aconselhamento.
A solução é a conscientização lógica particular do aconselhado, uma transformação pedagógica, corrigindo os enganos, reconquista da comunicação, e fazer com que o aconselhado enfrente de modo responsável as responsabilidades da vida.

8 – Resistência no Aconselhamento Terapêutico.
A resistência pode ser usada de modo consciente ou não pelo aconselhado, assim o processo do aconselhamento fica bloqueado. Resistência é:
a) Recusa em reconhecer, como tais, os motivos inconscientes que passaram a agir voltados para a conduta e experiência: Acontece quando o conselheiro, impõe suas interpretações, ou quando quer prender o aconselhado em determinados padrões de conduta.

b) Demonstração de um sistema de valores que é lógico para a pessoa envolvida, preservando seu plano de vida neurótico: Resiste a mudanças buscando preservar padrões antigos; justificando seus motivos

c) Auto-proteção contra o reconhecimento dos seus problemas: Quer disfarçar fraqueza e deficiência encobrindo erros; usa sentimentos de inferioridade para não ser exposto.

A resistência pode manifestar-se:

a) Mencionando autoridades de opinião diferente do conselheiro;

b) Mencionando o Espírito Santo, que supostamente lhe deu certas instruções;

c) Pode partir do conselheiro a rejeição: padrões de conduta, forçá-lo a determinada direção, ou vive contratransferência, despertando assim a resistência do aconselhado;

d) Projeção sobre outras pessoas, circunstância. Procura alguém para assumir seus fracassos, recusa responsabilidade

e) Quando o aconselhado chega atrasado, esquece a consulta, sente dúvidas, critica, fica evidente que está indisposto para o aconselhamento.

f) Outras formas de resistência: Calar-se, discutir sempre, provocar debates teóricos, desviar do problema.
Quem desvia-se do assunto, demonstra estar pouco interessado no problema.

g) A resistência esconde-se por trás de teores;

h) A resistência encontra-se nas concepções errôneas.

9 – Auxílios para o Conselheiro ao lidar com Resistências.
Lidando com as resistências:

a) Não atacar diretamente o aconselhado;

b) Não tentar convencer o aconselhado;

c) Permitir o aconselhado a experimentar em si mesmo as desvantagens do seu silêncio;

d) Trazer à luz os objetivos obscuros da resistência;

e) Compreender a resistência equivale a compreender o estilo de vida.

f) Atitude incondicional impede a resistência. O conselheiro deve ser paciente com o aconselhado;

g) Falar sobre a resistência;

h) Falar ao aconselhado de sua responsabilidade diante do Deus, pois o Senhor exige prestação de contas.

O ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO E O TRABALHO COM OS QUATROS OBJETIVOS ERRÔNEOS

É importante no aconselhamento, trazer à luz os objetivos que estão escondidos, ocultos atrás de particularidades destrutivas do comportamento.
Nossa conduta, padrões de relacionamento problemáticos, preconceitos, questionamento básico da vida, nossa postura diante de Deus, do próximo e nós mesmos, podem ser reduzidos a quatro objetivos errôneos.

1º - Justificar suas deficiências e faltas cometidas: deve-se fazer uma auto-avaliação: Uso desculpas para safar das situações? Arrumo um álibi para justificar-me? Empurro minhas culpas para outros? Protejo-me através de racionalização? Estou me achando fraco, pequeno, pobre, sobrecarregado, indefeso e doente, com a intenção de escapar de certas exigências? Não querer ser responsabilizado é necessariamente, ser visto sem defeitos, sem mácula.

2º Tentar conseguir mais atenção: Faz questão de ser visto. Ao assume a responsabilidade de outro o faz para causar boa impressão. Seus sacrifícios permeiam objetivo egoísta. Necessita ser notado visto e bajulado. Tem necessidade inconsciente de gabar-se para ser admirado.

3º Busca de superioridade, poder e importância: Tenta aparentar mais do que é, precisa sempre ter a razão para se impor. Tenta obter o domínio reclamando e criticando os outros. Usa doenças para impor-se seja qual for o relacionamento. Procura mostra seu poder e importância passando sermões nos outros, ou usando de ironia. Faz parte de seu estilo de vida persuadir os outros. Exerce domínio por meio da constante prontidão para ajudar.

4º Desejo de retalhar e vingar-se: O aconselhado deve fazer uma auto avaliação e observar se em cada gesto não existe um desejo de vingança o retaliação, como: tentativas de suicídios visam vingar-se do seu próximo. O forte alcoolismo é para provocar e maltratar os que o cercam. Tem grande vontade de se vingar veladamente de familiares e desconhecidos. Por vingança recusa ter relação sexual com o cônjuge. Permite que outras pessoas se dêem mal. Alia-se a um filho para conspirar contra o cônjuge. Guarda ressentimento e custa-lhe muito a esquecer mágoas e ofensas.
Além desses objetivos errôneos, existem sugestões para o trabalho com os objetivos errôneos.

a) Os quatro objetivos errôneos fazem parte dos padrões de conduta humanos e espirituais, dificultam e colocam em risco a convivência.

b) Não estamos conscientes dos objetivos errôneos. Ocultando-os não seremos cobrados por Deus.

c) Os quatro objetivos errôneos são mentiras e manobras de auto-engano.

d) Os quatro objetivos errôneos têm a finalidade de manter longe, as responsabilidades, tarefas desagradáveis e deveres.

e) Os quatro objetivos errôneos contêm estratégias que treinamos e experimentamos na infância.

F) Os quatro objetivos errôneos podem provocar problemas graves psíquicos e psicossomáticos.

g) Os objetivos 3 e 4 são intensificações dos objetivos 1 e 2.

h) Os quatro objetivos errôneos podem ser trazidos à consciência por meio das perguntas de auto-avaliação.

i) Os quatro objetivos errôneos precisam ser reconhecidos e confessados por meio de avaliação, arrependimento e oração.

CULPA E SENTIMENTOS DE CULPA NO ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO

A culpa faz parte da realidade humana. É um problema e se encontra nas religiões, humanismo, secularismo e no ateísmo.
Segundo o psicoterapeuta Medard Boss, o que sustem o mundo bem no intimo é o medo e a culpa.
Todo ser humano experimenta a culpa e conhece o medo. E pessoas sem este dois elementos são raros no mundo, e varia o seu conceito de um lugar para outro.

1 – A Culpa Diante de Deus.
A perspectiva do Velho Testamento: A culpa se dá ao quebra a aliança, ou seja, falha ao honrar um compromisso com Deus.
Quando a aliança é quebra, é necessário que haja sacrifício, não sé pelo pecado em si, mas também pelos pecados específicos. Somente pelo derramamento de sangue a relação entre Deus e o homem foi restaurada.
A perspectiva do Novo Testamento: A linha de pensamento do Velho Testamento é retomada através de Jesus. Enfocando a dívida do homem para com Deus, e que ninguém pode pagar tal dívida por empenho próprio. Todos são solidários na culpa diante de Deus (Ex 34.7; Rm 3.19).

2 – A Diferença entre Pecado e Culpa.
Pecar: definição no grego: perder-se, desviar-se do caminho, errar o alvo; outro termo tem sentido de dobrar, curvar, inverter. No Alemão tem idéia de separação. Em português vem do latim, tropeçar, dar um passo em falso.
Pecado se trata de errar o alvo diante de Deus. Rebelar-se, destruir a comunhão não só com Deus, mas entre as pessoas. Viver intencionalmente desobedecendo; ou pior querer ser Deus. Buscar sua própria glória.
Pecado é mais do que uma maneira de inadequada do ser humano se comportar, é a própria natureza humana em si. Diante de Deus, pecado significa culpa, ou seja, pecado é enfrentar a Deus.
Culpa: pode ser comparada com impureza. Seja intencional ou não tem o mês peso, nem a fraqueza humana serve como desculpa. Até a fraqueza humana é pecado, pois, significa que o homem errou o alvo como criatura de Deus, não sumindo seu lugar.
Na psicologia analítica o termo pecado é pouco usado, prefere-se culpa. Pois, os métodos e técnica terapêuticas da psicologia analítica excluem praticamente a questão de Deus ou o lado religioso humano; prefere trabalhar com o conceito de culpa.

3 – Sentimento de Culpa e Consciência.
O sentimento de culpa oprime. Assim os pequenos erros e falhas são aumentados, transformando-se em pecados terríveis.
Devido ao sentimento de culpa, o neurótico impõe-lhe os castigos e penitências severas. A sua consciência é supersensível, pois culpa e consciência está interligada.
A consciência desenvolve-se com mais força na primeira infância, e no fim da puberdade está concluída. E dependendo sua formação o indivíduo terá uma consciência eficiente, caráter irrepreensível ou uma consciência fraca.
A voz da consciência na criança é a proibição dos pais, mais tarde ao se identificar com as exigências da consciência, percebe-se que esta assume um tom de poder sobre o ser humano. E com relação ao cristão ela passa a ser a própria voz de Deus.

4 – A Consciência Cristã.
“Respondo apenas à minha consciência”. Para a criança esta frase representa que é responsável diante dos pais. Para o cristão convicto, que ele é responsável diante de Jesus Cristo, ou seja, a pergunta pela consciência, é uma pergunta pelo Senhor, pelo chefe, pelos pais, etc.; por aquele que dá as ordens.
Existe a consciência cristã, capitalista, socialista, atrofia ou volúvel, mas não existe a consciência vazia, neutra, sem um vinculo. A consciência precisa de um dono, no caso do cristão, Deus é o dono de sua consciência.

5 – A Consciência Supersensível – Sentimentos de Culpa Neuróticos.
O meio ambiente, a interação da criança com este meio e com sua herança desempenham um papel muito importante. O caráter individual da criança se desenvolve na interação e no relacionamento com os pais, irmãos, avós e responsáveis. Neste contexto se desenvolve uma consciência individual, que espelha culpa e sentimento de culpa de modo igualmente individual. A história do desenvolvimento pessoal influencia o sentimento de culpa sempre de modo pessoal, específico.
Uma consciência aguça e atenta é boa, mas quando esta é super-aguçada e super-alerta é doentia. E o neurótico com uma consciência supersensível, submete a crítica da consciência, cada avaliação minuciosamente.
O sentido inconsciente desta postura severa postura contra si mesmo, pode ser colocar-se acima dos outros; ser superior. Quanto mais severas são consigo mesmas, mais condenam os outros. Quanto mais puras forem, mais criticam os outros. O auto-reconhecimento humilde é um método par somar pontos morais aos olhos dos outros.
Todo sentimento de culpa por mais tolo e supérfluo que pareça, tem por base a existência de uma culpa. Na depressão a pessoa doente se cobre de auto-acusações, consideram-se culpadas pela infelicidade da sua família, pela ruína financeira, pelo fracasso moral dos seus familiares. Ela é culpada em catástrofes naturais e em mudanças políticas. Pelo menos ela acredita que tem culpa.

6 – O Medo de Viver e os Sentimentos de Culpa.
A vida começa com um grito e um grande susto. E após o nascimento prossegue os acontecimentos assustadores.
O medo pode manifestar-se como ódio, pavor em relação à vida, mania de perseguição e medo da perda. As impressões de medo estão ligadas entre si.
O medo de viver se desenvolve quando desde criança ao esquivar-se das tarefas da vida e as deixamos para os outros resolverem. Assim a incapacidade se torna um meio para determinado fim, ou seja, a pessoa utiliza seu medo para escapar de tarefas, de pessoas, amizades, vínculos, responsabilidades. Foge para a incapacidade, para o medo.
Crianças medrosas facilmente se tornam adultos medrosos. Elas assimilam o medo dos pais, e passam a temer o futuro, a profissão, o casamento, o público, e são perseguidos constantemente por uma consciência medrosa e por sentimentos de culpa.
A pessoa usa o medo de viver para esquivar-se de todas as obrigações, tarefas e responsabilidades. A desmotivação faz parte do medo de viver.

7 – Depressão e Sentimento de Culpa.
Mesmo entendendo a depressão como doença endógena, ela é embutida no sentido do estilo de vida pessoal. O fator endógeno só é decisivo para a escolha do sintoma.
Ela manifesta como algo passivo, mas é um meio ativo da pessoa se impor. Assim como a depressão é uma fuga para escapar das responsabilidades, os sentimentos de culpa servem para acalmar a consciência pesada.

8 – Sentimento de Culpa São as Boas Intenções Que Não Temos.
Foi Alfred Adler “Sentimento de culpa são as boas intenções que não temos”. Muitas pessoas não estão inclinadas a admitir sua culpa, mas nem todos conseguem vê-la ou tão pouco admiti-las, pois querem causar boa impressão, mesmo quando não são bons.
As exigências do mundo são incorporadas e perseguem outros objetivos e entra em conflito com as regras do jogo. Assim a consciência se rebela, a pessoa entra em contradição, finge ser boa, pois, os impulsos hostis e o pecado estão à espreita. Só exteriormente a pessoa finge boa vontade, o “eu bom” e o “eu mal” ficam cara a cara e a pessoa dividida.
Para solucionar este conflito, ele racionaliza e acha uma desculpa, utilizando-se de desculpas para acalmar a si mesmo, Deus e os outros, ou seja, procura justificar-se, desculpando-se diante de situações consideradas como pecado, ou produz sentimentos de culpa consideráveis. Ele o usa para acalmar sua consciência pesada, que o acusa sempre.
Que sente remorso deve investigar suas verdadeiras intenções. O conselheiro no transcurso do aconselhamento, numa relação de confiança, deve questionar com cuidado estas ligações. E não tentar a força arrancar a máscara do aconselhado.

9 – Quem Reage com Fortes Sentimento de Culpa?
a) Pessoas com complexos de inferioridade;
b) Pessoas supersensíveis;
c) Pessoas com convicção errôneas;
d) Pessoas que se odeiam.

10 – Sentimentos de Culpa Exagerados e Doentios.
Pessoas que apresentam esse quadro são:
a) Os superconscienciosos;
b) Os supermoralistas;
c) Os escrupulosos;
d) Os perfeccionistas;
e) Os duvidadores;
f) Os temerosos e medrosos neuróticos;

11 – Culpa: Questionário de Auto-Avaliação.
Este questionário serve para auto-avaliação no que se refere ao sentimento de culpa diante de certas situações.
a) Existe alguém de quem tenha ressentimento e cujo “erro” no consegue esquecer? Um dos pais? Irmãos? Amigos? Cônjuge? Colega de trabalho?
b) Acusa as pessoas que lhe ficaram devendo algo? Pais, parceiro, filhos, a vida, Deus?
c) Reage com acusações quando alguém o faz lembrar outra pessoa? Não gosta do seu jeito, ou faz lembra seus pais? Você reconhece esta transferência (de culpa)?
d) Ao reconhecer a culpa, você que perdoá-la?

12 – Auxílio Prático para o Aconselhamento Terapêutico.
a) O perdão requer uma reconciliação tríplice: com Deus, com a pessoa que a humilhou, e consigo mesmo.
b) O processo do perdão pode durar anos: muitas feridas na alma são profundas, leva tempo e paciência para serem curadas.
c) O que acontece quando a pessoa não sente o alívio e a libertação da culpa? Continua desesperada, dando mais atenção aos seus sentimentos, sua consciência e voz interior. Crê com a razão, não com o coração. Tem sentimentos de culpa, e o conselheiro deve orientá-la a apoiar-se na palavra de Deus.
d) Coloque seus pecados e problemas diante de uma outra pessoa: Confessar a culpa alivia, pois a confissão é uma catarse (purificação).
e) A disposição para perdoar pressupõe arcar com sua responsabilidade: Conscientizar-se da responsabilidade e praticar perdão são os dois lados da mesma moeda.
f) O aconselhado perdoou a si mesmo? Ele crê que Deus o perdoou, mas não consegue se perdoar, isto é uma contradição, e inconscientemente está se colocando acima de Deus.
g) O mecanismo de manipulação dos outros por meio dos sentimentos de culpa precisa ser desmascarado: A manipulação se apóia no sentimento de culpa dos outros. Ao dizer algo como “Estou tão atarefada que não sei como poderei levar as crianças à escola hoje”, mas no fundo está querendo dizer “Estou muito ocupada, pode levar as criança à escola hoje?”. Nossas declarações devem ser isentas de acusações. E a tarefa do conselheiro é tríplice: mostrar ao aconselhado sua convicção errônea; questioná-la; e substituí-la pela verdade.
h) A manipulação por meio da culpa muitas vezes é condicionada pelos próprios sentimentos de culpa: Pais que super-protetores sente que fracassou com relação aos filhos, esses sentimento de culpa, deve-se al fato de satisfazerem todos os seus desejos. E mais tarde fazem acusações e provocam os mais fortes sentimentos de culpa.
i) O perdão é a maneira preciosa de liberar: Perdoar significa soltar e liberar. A baixo auto-estima é um sintoma de não aceitação de estar preso a culpa.
j) O conselheiro precisa perceber os mecanismos de defesa do aconselhado: Os mecanismos é sinal de imaturidade, irresponsabilidade e pecado.
l) Sentimentos de culpa e autopunição: Muitas pessoas que se declaram culpadas, castigam a si mesmas; prejudicam-se e atraem desgraça. A causa da auto-punição pode ser educação repressora.
m) Sentimentos de culpa e sintomas físicos: Crises de nervos; depressão com freqüência são conseqüências de não sentir-se à altura, de raiva, ira e decepção. O resultado é sentir-se me dívida consigo mesma, com os outros e com Deus.

CONCLUSÃO
O sentimento de culpa nos leva a manter uma postura de defesa em tempo integral. Pois, assim não permitimos que outros chegue perto o suficiente para nos mostrar como nossos mecanismos de defesa e auto-punição são errôneos. E que agindo assim, sempre estaremos culpando alguém por tudo, seja nós mesmo, os outros e principalmente a Deus.
Muitos querem ser curados, libertos, mas inconscientemente, manipula a situação, transferindo o problema para outro foco, assim permanece seguro e estável, pois mudanças lhe causam medo.
A transferência e contratransferência é uma forma de sabotar um aconselhamento. A pessoa involuntariamente transfere seus sentimentos e experiência sejam negativas ou positivas, para o conselheiro e isto faz com que o tratamento seja bloqueado.
Mas o perdão é fonte suprema de livrar-se de todo sentimento de culpa.

“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”. (1 Jo 1.9).

Um comentário:

  1. O blog centro teocrático de pesquisa bíblica, de bíblica não tem nada, o blogueiro e mais um daqueles anônimos que não gosta de ser refutado.
    As testemunhas de jeová não podem ficar acessando a internet e seguir a doutrina cristã.Por essa razão, o blogueiro do centro teocrático, vive no anonimato em nosso meio da blogosfera,ele não se identifica nem por nome ou por foto. Se um tal pastor, largou o cristianismo e supostamente se converteu ao Islamismo, dentre pouco muitos blogueiros cristão ou evangélicos vão se converter a essa seita que é um perigo. Quando descobri, que se tratava de uma forma sorrateita, que esse anônimo vem usando deixei de segui-lo e bloqueei ele também em meu blog, sabe qual foi a atiutde dele? postou um comentário em meu blog, dizendo que era preconceito e outras asneiras que eu não publiquei.

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