sábado, 26 de dezembro de 2009

Resumo do Livro " SER PASTOR"



SER PASTOR


Este trabalho está baseado na Obra do Pastor Pedro Mendes: Ser Pastor. Este livro vem nos orientar, sobre o desafio do pastorado que nunca foi fácil e, certamente, nosso tempo não tem tornado a tarefa mais simples, muito pelo contrário.
Mas o pastorado é essencialmente uma vocação: um chamado divino. Por isso, cremos que Aquele que chamou também capacita o seu servo com os dons necessários. A capacitação, mo entanto, também passa pelo esforço na busca pelo conhecimento, pela sabedoria e pela experiência. Este livro: Ser Pastor contribui,
de forma significativa, nesta capacitação.
O objetivo do autor é alcançar o pastor e/ou pastora que lida cotidianamente com o rebanho; que conta as ovelhas para ver se falta alguma; que observa e aprende com o Senhor Jesus Cristo, mostra ter discernimento, da sensibilidade, do tato, da alma pastoral pulsando em plena captação da necessidade holística do rebanho.
O tratamento personalizado torna-se primordial. Este custa mais, exige mais tempo, preparo e dedicação, porém rende mais em termos de resultado final para o reino.

SER PASTOR
Segundo o Pastor Pedro Mendes, “Ser Pastor”, é atender de Deus o chamado. É aceitar pela fé e pelo amor ao Senhor Jesus Cristo, colocar-se sob o mandato do Deus Eterno, sem limite de vaidade. A alma de pastor marcada pelo chamado divino, permanece até o túmulo.
O autor aborda vários fatores que se observados, fará diferença na vida do pastor; e também faz uma abordagem quanto da definição de pastor, no sentido bíblico do termo: “Teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelha se pastor” (Mt 9.36). Uma das características do pastor é ter compaixão pelo seu rebanho, Jesus no seu ministério terrestre, frisou bem esta característica. “Para que a comunidade do Senhor não seja como ovelhas sem pastor” (Nm 27.17). “Vi todo o Israel espalhado pelas colinas, como ovelhas sem pastor” (2 Cr 18.16). O pastor deve conduzir seu rebanho, pois se ele não conduzir ocasionará dispersão do rebanho pela falta de liderança e de outros cuidados inerentes à função. “Fira o pastor e as ovelhas se dispersarão” (Zc 13.17b).
Este texto profético refere-se ao Senhor Jesus Cristo. tanto no Antigo Testamento, como no Novo Testamento, o Senhor Deus é visto na revelação bíblica como o Pastor do seu povo: “Escuta-nos, Pastor de Israel, tu, que conduzes a José como um rebanho” (Sl 80.1). A expressão mais bela da função que identifica e qualifica o Pastor encontra-se no Salmo 23 “O Senhor é meu pastor, e nada me faltará”. Deus se identifica como sendo o “o bom Pasto. E que Ele dá a vida pelas suas ovelhas” (Jo 10.10).
Com relação ao vínculo ministerial, o pastor/pastora deve ser remunerado, que é determinado por uma relação mútua de responsabilidades e direitos. Os presbíteros que lideram bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino, pois a Escritura diz: “Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal e o trabalhador merece o seu salário” (1 Tm 5.17-18). O pastor não é funcionário da igreja, trata-se de uma relação recíprocas de responsabilidades, pois acima deste nível o pastor/pastora responde por um vínculo com Deus em vista do seu chamado. Devendo “apresentar-se a Deus, aprovado...” (2 Tm 2.15a).
A responsabilidade quanto ao sustento do ministro, é do Senhor. Mas esta convicção não deve inibir a obrigação previdenciária. A igreja deve tratar essa questão com liberdade, garantindo, na velhice, o sustento digno de seu pastor.
O pastor chamado por Deus, sabe que Ele trabalha esta vocação desde o ventre materno: “Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer eu o separei e o designei profeta às nações” (Jr 1.5). A vocação de Jeremias para o ministério, não contigencial ou emergencial, mas de providência divina.
O pastor deve ser dependente do Senhor em tudo, principalmente na mensagem que irá entregar à igreja. Pois faz parte do cuidado do Senhor para com as pessoas que Ele chama para sua obra. “O Senhor estendeu a mão, tocou a minha boca e disse-me: ‘Agora ponho em tua boca as minhas palavras’” (Jr 1.9). Deus não abandona à própria sorte, o seu escolhido, nem o deixa à mercê de recursos humanos, mas capacita-os. O pastor deve buscar intima comunhão com Deus, obter a mensagem. Mesmo que tenha o melhor preparo teológico, ao deve confiar no seu próprio intelecto. “’Não é a minha palavra como o fogo’, pergunta o Senhor, ‘e como um martelo que despedaça a rocha?’” (Jr 23.29). que o pastor tenha sempre a convicção de que o evangelho por ele anunciado não é de origem humana. Pois não o recebeu de pessoa alguma, mas que o recebeu de Deus, por Jesus Cristo. (Gl 1.11-12). Pois esta dependência do Senhor é indispensável para o sucesso de seu ministério.
Deus jamais deixará ou abandonará seus eleitos (Hb 13.5b), antes Ele suprirá todas as suas necessidades, pois Deus é fiel, responde pelos seus vocacionados, confirmando seu ministério. Quando Deus diz: “Não te deixarei”, Ele quer dizer exatamente isso, “não te deixará”.

ASPECTO ESPECÍFICO DA VOCAÇÃO
1. Evidência bíblica do chamado divino: Deus realiza sua obra por meio de pessoas. Exemplos de pessoas chamadas por Deus: Em Gênesis 12.1-3 Deus chamou Abraão; em Êxodo 3.1-10 Moisés; em Isaías 6.1-8 o profeta Isaías; em Jeremias 1.1-9 o profeta Jeremias e em Atos 9.15 o chamado de Paulo. Estes não eram homens especiais, perfeitos, pessoas diferenciadas das demais. Mas Deus os chamou, preparou e os vocacionou, não para ser servidos mas para servir; assim também são os pastores.
2. “Não da parte de homens” (Gl 1.1): O pastor não se faz por opção profissional ou decisão à revelia do chamado divino específico. Nenhum pastor autêntico escolhe o pastorado. Ele não é um voluntário precipitado, mas comissionado por Deus, ou seja, ele é escolhido, chamado e direcionado para o ministério por Deus. Ele a seu tempo realiza todo o propósito a nosso respeito, “preparando os santos para a obra do ministério” (Ef 4.12).
3. Dinâmica na vocação: Assim como a fé é dinâmica, podendo se fortalecida, acrescentada e aperfeiçoada, também nosso chamado divino será trabalhado por Deus.


REQUISITOS INDISPENSÁVEIS OU QUALIDADE NA VIDA DO PASTOR
1. A Fidelidade: precisa e deve ser cultivada na santificação que se alcança com o socorro e a realização do Espírito Santo. Esta qualidade deve priorizar a vida do pastor: (1 Co 4.1-2).
2. Vida Devocional: Deus trata primeiro o seu ministro nas horas de intimidade devocional, para então usá-lo como canal de orientação para o seu rebanho. É na intimidade com o Senhor, que o pastor é transformado.
3. Uma questão de invólucro: O pastor deve ter consciência da sua total dependência de Deus. Não deve aceitar a imagem que envolve qualquer idéia de superioridade em relação ao rebanho. Faz bem ao pastor reconhecer a sua fragilidade, apesar do “tesouro” que lhe é confiado como despenseiro. (2 Co 4.7).
4. Visto de Cima: O vínculo do pastor é direta e permanentemente com o trono. A sua preocupação maior deve ser apresentar-se aprovado a Deus, depois, às pessoas que faz parte de seu círculo de relações e atividades. (2 Tm 2.15). Ele é visto de primeiro de cima.
5. Doutrina: O ministro de Cristo tem o sagrado dever de zelar pela qualidade da mensagem que é proferida do seu púlpito, manejando bem a “Palavra da verdade”. Através da intima comunhão, o Espírito Santo, dará discernimento e encaminhará o pastor, ao comportamento adequado, para tomar posição contra ventos de doutrinas, e manter-se fiel a sã doutrina de Cristo. (2 Tm 1.7).
6. À Altura da demanda: O pastor deve ser apto para ensinar, esta é uma qualificação básica exigida para o ministério. Devendo se preparar numa boa escola, para desenvolver seu talento. Aprender a realizar pesquisa tanta na Palavra de Deus quanto na literatura adequada; deve estar atualizado, informando-se dos acontecimentos do mundo, não deve jamais reduzir a dependência do Senhor, desde a obtenção da mensagem até o momento da transmissão no púlpito. “... Sem Mim, nada podeis fazer”. (Jo 15.5b).

“VÍNCULO CONTRATUAL” DO MINISTÉRIO
Entre Deus e os chamados para o divino ministério, rege um vínculo contratual: o amor. A paixão por Jesus Cristo, funciona como um ideal, que pode custar uma vida, mas pode valer uma eternidade. Crises, depressões, tentativa de fuga à vontade do Senhor não são raras na experiência humana de ministério. Somente a assistência do Senhor, é capaz de evitar que estas crises prosperem, retardando seus planos. Muitos já passaram por crises, e foram a tempo, socorridos: Moisés, Elias, Jonas e Jeremias também tiveram suas crises e tentaram desistir do projeto de Deus. Mas Deus tratou cada um em, seus momentos de relutância em relação ao chamado divino. O tratamento de Deus é personalizado, é adequada a cada caso.

ASPECTOS DA AÇÃO PASTORAL (I)
O pastor deve ir onde o povo está. O próprio Senhor Jesus Cristo, valorizou a relação pastor/ovelha, dedicando tempo à visitação de lares e não se furtou ao tratamento personalizado.
Por onde passa, o pastor deve modificar o ambiente. A exemplo de Paulo, na sua viagem para Roma. Quando passou por Sidom, visitou seus amigos; quando atingidos por um tufão Paulo orou por todos e, quando desembarcaram numa ilha, foi sensível às necessidades do meio, ofereceu assistência ao pai do principal da ilha, que se achava enfermo. Por onde Paulo passou, houve uma transformação do meio.
O pastor não deve se negar a fazer nada, mesmo podendo delegar atividades como “catar gravetos”. Deve ser homem de ação prática, inclusive manual, e não ficar em um pedestal intocável, sem que o rebanho possa chegar a ele.

ASPECTOS DA AÇÃO PASTORAL (II)
O pastor precisa interagir com as ovelhas, deve propiciar a ação pastoral, e não promover a carência nessa área. Aspectos dessa carência são:
1. a imagem de um homem sempre apressado, sem tempo para ouvir com tranqüilidade quem o procure. Cria-se uma barreira na relação pastor/ovelha.
2. O pastor aprimora a pregação, o ensino bíblico do púlpito, mas se esquece que apenas 25% da ação pastoral está sendo realizada por esse meio, criando assim um déficte de 75% na ação pastoral. Ou seja, há pregadores demais e pastores de menos na interação.
Há uma necessidade hoje, desenvolver a interação no pastoreio do rebanho.
1. Sensibilidade: ser sensível às necessidades do rebanho, ser próximo, cuidar dele com amor.
2. Saber ouvir: Enquanto ouve, está interagindo. Ter tempo para ouvir o que está na alma do rebanho, conhecer suas aflições e ajudá-los.
3. A fala que “fala” ao coração: respalda o pastor pela ação que o qualifica. Os ouvidos da alma estão programados para ouvir a linguagem “sem palavras” do amor e da interação.


TER O QUE DIZER
O ministro do Senhor sabe que sua vocação divina determina que esteja sempre preparado para anunciar a palavra de Deus. Deve ter consciência da sua dependência de Deus para produzir as mensagens, ele somente às transmite. “Direi o que o Senhor me mandar” (1 Rs 22.14b).
A missão do pastor é encorajar vidas, falar ao coração ferido, abatido e angustiado. Ajuntar os cacos de vasos, despedaçados em tentações e quedas e cuidar para que a chama do pavio não se apague.
O dever sagrado do pastor é fazer com que o rebanho volte para casa em condições bem melhores do que quando chegou para a celebração do culto. “Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para os seus pés para que o manco não se desvie, antes, seja curado” (Hb 12.12-13).

A INTERCESSÃO
Pastor e intercessor devem ser sinônimos. Há intercessores que não são pastores, mas todo pastor é, por definição, intercessor. A intercessão revela dois aspectos que são características da oração específica e objetiva: 1) a razão por que orar; 2) por quem orar.
O Espírito Santo é o nosso maior intercessor, e devemos seguir seu exemplo, intercedendo por aqueles a quem o Senhor nos envia.

O GABINETE PASTORAL E O ACONSELHAMENTO
É no gabinete pastoral que se dá o aconselhamento. O pastor deve mobilhá-lo de maneira menos sofisticada possível, uma mesa de bom tamanho com cadeiras retas é preferível a sofás ou poltronas. A Bíblia, sobre a mesa, indicará a base sobre a qual se dará o aconselhamento.
O pastor tem consciência de que, quem o procura traz algum problema na alma. E sabe também de sua dependência do Espírito Santo para alcançar êxito no aconselhamento, por isso antes de mais nada, deve-se fazer um devocional que abre a sessão.
Sugestões para o aconselhamento:
1. Cabe inicialmente ao pastor ouvir, ouvir, ouvir, sem nada comentar.
2. Confrontar o aconselhado com a Palavra de Deus, cuidando para não dirigi-lo no aconselhamento, cabe ao consulente tomar a decisão.
3. Discrição: não indagar sobre pormenores numa eventual confissão de delito. Cumpre ao pastor, impedir a exposição de minúcias desnecessárias do fato em questão.
4. Sigilo: este é o selo de ouro no aconselhamento. O tratamento sigiloso determina confiabilidade, desinibe o consulente e facilita o bom resultado da ação pastoral
5. Círculo da ofensa: em ocorrência de pecado envolvendo mais alguém, deve-se estabelecer a limitação ao círculo da ofensa, ou seja, pessoas alheias não terão conhecimento do fato.
6. Interação: esta pode ocorrer naturalmente devido a sensibilidade característica de um pastor. Mas é preciso manter o equilíbrio das emoções. A eficácia do aconselhamento depende da sábia condução e do socorro do Espírito Santo.
7. uma visita pastoral bem conduzida com devida ênfase do objetivo da vida cristã pode se tornar tem de aconselhamento, por iniciativa do consulente.

O PASTOR NO TRATO DO PERDÃO
O pastor no exercício das funções pastorais, lida com situações bem delicadas no trato do perdão. Ele deve ser ponte e não murro, seu ministério é o da reconciliação.
O perdão é origem divina e exercida por Deus de maneira perfeita, amorosa e compassiva. Em Cristo Jesus, encontramos o padrão do que deve ser o perdão.
1. A quantidade do perdão: este é sem limite, quantas vezes for preciso perdoar, devemos conceder o perdão, pois em Cristo temos o perdão de todas as nossas ofensas.
2. A qualidade do perdão: perdão, segundo Deus, implica, necessariamente, esquecer a ofensa. “Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3.13). O revestimento do amor é o vinculo da perfeição.
3. O papel do perdão na oração (Mc 11.25): ao liberar o perdão estamos também sendo perdoados por Deus. Ao retê-lo, estamos obstruindo de sermos atendidos em nossas orações. “Com a mesma medida com que medimos também seremos medidos” (Lc 6.38).
4. O perdão como regulador do nosso relacionamento com Deus: o nosso relacionamento com Deus, passa necessariamente, pelo nosso relacionamento com as pessoas.

O PASTOR E A DENOMINAÇÃO
O pastor, na plena comunhão com o Espírito, cultiva atitudes nobres, altaneiras e objetivas. É indisfarçável a disputa humana por prestígio, posição de mando e afirmação autoritária nestas circunstâncias.
Em relação ao ministro do Senhor, é de vital importância a recomendação humana, oriunda de seus pares e do contexto de igrejas. Uma boa recomendação poderá ser creditada em presença de lealdade, persistência e da dedicação de um pastor à causa comum no seio de sua denominação ao longo do tempo. Sua liderança é eleita em assembléias regulares formadas pelas igrejas associadas. Dentre os objetivos da igreja estão as realizações missionárias. A denominação deve contar com o retorno de participação continuada de cada um de nós, pois é no seu seio que encontramos apoio.
Contribuição inestimável é a participação do pastor na formação de novos líderes, a partir de seu próprio rebanho. A denominação será abençoada e contará com peças de reposição, na vacância que a vida produz no limite dos anos. O pastor descobre os vocacionados e dá-lhes oportunidades de treinamento. A igreja, assume se necessário, com os custos dos candidatos ao ministério.


O PASTOR NA SUCESSÃO
Faz parte da vida eclesiástica a troca de campo pastoral. O pastor, ao assumir o seu novo campo em sucessão a outro colega, deve tomar alguns cuidados:
1 – Não deve tentar implantar sua marca já de início, pois poderão causar traumas aos membros.
2 – Evitar certos arroubos, tais como “o meu jeito é este”, “comigo é assim”, etc.
3 – A medida da estatura de uma pessoa é avaliada na razão direta de sua capacidade de servir.
4 – O pastor deve preocupar-se em conquistar a igreja no primeiro momento de modo sábio, natural, discreto, sem nenhum artifício.
5 – Nada como a ascendência natural que faz que o pastor seja ouvido porque o rebanho reconhece nele qualidades que o identifiquem como servo do Senhor, prudente, sábio. Humilde e seguro nas suas sugestões.
6 – Evite a auto-exaltação.

O PASTOR E A CRIANÇA
A presença da criança é encontrada na história, na profecia, na poesia e nos sapienciais. Crianças foram destinadas cedo a projetos do Senhor, nos mais tenros anos. Na igreja, a criança precisa ser reserva estratégica e ela nos traz esperança de que haverá fruto na videira. O pastor deve estar atento, acompanhar, ser amigo, entusiasta, aplaudir, chamar cada um pelo nome, cumprimentar individualmente, estendendo-lhe a mão. Este tem o futuro assegurado no presente.
A atividade adequada nas várias faixas etárias fará crescer na criança raízes que a idade de adulto, os encantos deste mundo e suas seduções não conseguirão neutralizar.

O PASTOR E O JOVEM
O jovem é a igreja hoje, com natural garantia de proteção. Se considerarmos que o jovem na igreja é um desafio à capacidade do pastor, ressaltemos que tal desafio reside mais na coerência exigida pelo jovem. Quanto à ética cristã, deslizes e pecados são mais depressa reconhecidos e confessados pelo jovem. Investir no jovem é agir inteligente; é saber lidar com valores em aperfeiçoamento, mas também é dever do pastor amá-lo como Jesus amou, mesmo diante de situações desfavoráveis.

O PASTOR E O IDOSO
Na Bíblia Sagrada, o apóstolo Paulo coloca o idoso na equivalência de pai, daí aproximado está do quinto mandamento “honra teu pai e tua mãe”, estabelecendo-se a partir deste respaldo um crédito disponível para o idoso que merece especial atenção do pastor sensível, humano e amoroso. Outras razões para dispensarmos atenção ao idoso: por sua idade, fragilidade natural, por ser patrimônio da família e da igreja e por representar oportunidade de lançarmos a semente do Espírito.
O pastor tem como tarefa consolar o idoso; e a igreja cabe ampará-lo, na impossibilidade da família.

MEDITAÇÃO PARA O ENTARDECER
Não importando de onde estamos vindo, nem para onde vamos, uma coisa é certa: por vezes, estaremos sós. Há momentos, e estes são inevitáveis e intransferíveis, quando nos sentimos sós. Isso acontece porque Deus quer tratar a sós conosco. Deus nos fez assim, carentes de certos momentos de salutar recolhimento para a concha da sua mão, lugar de seu tratamento edificante, amoroso e renovador. E mais no vale e não na montanha, que se dão os melhores momentos da vida espiritual. Deus sempre está presente. E quando tudo nos faltar e, ninguém estiver conosco, o Senhor estará presente, nos fará ver sua face e nos abençoará eternamente.

O “ENTARDECER” NA VIDA DO PASTOR
O pastor percebe os sinais que indicam a chegada do tempo de deixar a cena. Deve fazê-lo sem ficar esgotado, amargo ou frustrado; é bom ter a iniciativa, antes que alguém num impulso de desamor o insinue a tanto. Porém, enquanto estiver lúcido, deve estar sensível a desafios. A presença do pastor idoso em seminários, retiros, encontros informais enseja o compartilhamento com os demais colegas jovens e empresta à reunião algo como apoio, aprovação, solidariedade e encorajamento. O pastor, em sua idade avançada poderá servir, no Senhor, como ancoradouro a jovens colegas em momentos de decisões difíceis.
Deus, na sua bondade infinita, pode ter nos reservado um entardecer dourado pelos raios do sol, embora declinantes do acaso. Deus, diante do fluxo da sua graça, concedida a nós, para o exercício do pastoreio, não será interrompido. A aurora virá de novo, mesmo quando as luzes se apagarem aqui, em nossa partida para estarmos com Cristo.

A TROCA DE GUARDA
Lembremos que na administração divina, Deus realiza sua obra por meio de pessoas. Estabelece assim o elo entre as gerações. Ao longo da história do cristianismo é registrado a presença de instrumentos humanos atuando na preservação do Evangelho. Todo pastor responsável pelo segmento que lhe foi confiado por Deus, deve desempenhar bem sua tarefa, buscando, em primeiro lugar a aprovação do Senhor. Ao mesmo tempo, dar sua contribuição para formar sucessores. O melhor legado que ele pode deixar é o exemplo a ser seguido, da fidelidade ao Senhor, de preservação da sã doutrina, da transparência de seu trato nas questões financeiras, dos seus procedimentos na vida familiar e da integridade de seu comportamento ético.
A igreja é do Senhor, propriedade sua, adquirida com o seu precioso sangue e jamais deve ser objeto de manuseio da vontade do homem, mesmo que sejam alegadas as melhores intenções. E que no momento de nossa sucessão não tenhamos do que envergonhar.



O SUPREMO PASTOR
O Senhor assume todo o compromisso de viabilização da obra e responde, inclusive por riscos humanos ocasionados pela desistência, desqualificação e até de infidelidade que possam se dar ao longo do tempo.
Pensemos na chamada individual de cada um dos remidos do Senhor, mas pesemos também na recompensa solene e comovente do ministério de cada um de seus servos, sem pressa, pois teremos a eternidade diante de nós. Pensemos que o Supremo Pastor terá uma palavra a cada um ao entregar-nos a “imperecível cora da glória”.

CONCLUSÃO
O Pastor Pedro Mendes, homem experimentado no ministério pastoral, dividiu suas experiências neste singelo livro, porém de grandeza estimada.
Seus sábios conselhos, direcionados para melhor servimos a Deus, é de grande valia para quem está começado a trilha o ministério pastoral.
De forma simples e objetiva, ensina que os que são chamados, são capacitados e sustentados por Aquele que os chamou. Devendo o pastor colocar-se na total dependência de Deus. Pois, este é fiel.
“Ser Pastor”, um livro simples, mas com um diferencial. É um exemplo de vida de um pastor que aprendeu desde cedo a, colocar-se na total dependência de Deus, pois sempre teve convicção do seu chamado. Dividindo com todos suas experiências ao longo de sua jornada ministerial.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MENDES, Pedro. Ser Pastor. Pedro Mendes & Editora Batista Independente. 1ª edição – 2008. campinas – SP.

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