domingo, 7 de fevereiro de 2010

JESUS O MAIOR PSICÓLOGO QUE JÁ EXISTIU


JESUS O MAIOR PSICÓLOGO QUE JÁ EXISTIU





Entendendo como as pessoas pensam


            Jesus ao ensinar usava parábolas, ou segundo a psicologia técnicas psicológicas. Sendo um poderoso comunicador compreendia o que a psicologia ensina hoje: que baseamos a nossa vida mais no que acreditamos do que no que sabemos.


            Quanto mais aprendemos, mais devemos perceber que existem coisas que ainda não sabemos. Segundo o autor, Jesus entendia que as idéias humanas nunca expressam totalmente a realidade, e seu estilo de ensinar sempre levou este fato em consideração.


            Jesus falava por meio de parábolas, pois sabia que cada pessoa só pode compreender as coisas a
partir da sua perspectiva pessoal. E que jamais poderiam entender completamente a vida se usassem apenas o intelecto.


            Respondia às perguntas diretas com metáforas para atrair as pessoas para um diálogo e um relacionamento com Ele.


            Nós temos idéias conscientes e inconscientes que afetam a maneira como percebemos o mundo. A terapia proporciona às pessoas um relacionamento que pode levá-las a se conhecerem melhor, descobrindo, assim, as outras verdades da sua vida. Aprendemos as verdades mais profundas através dos nossos relacionamentos.


            Jesus ensinou que insistir em chegar aos fatos objetivos sobre as coisas às vezes pode ser perigoso, agir com sabedoria é muito mais importante do que acumular fatos objetivos, pois vencer numa discussão pode nos custar um relacionamento: Podemos ter razão ou podemos ser felizes.


            Ás vezes podemos estar sinceramente errados, pois confiamos muito no que pensamos porque isso nos dá uma falsa sensação de segurança. Jesus avisou que não devemos confundir a sinceridade com a verdade. Quando acreditamos em alguma coisa, estamos convencidos de que ela é a verdade. E devemos ser humildes com relação ao que pensamos saber, pois só podemos conhecer a verdade a partir da nossa perspectiva pessoal.


            As pessoas maduras conseguem ser corajosas o suficiente para se comprometerem com a verdade, permanecendo abertas à possibilidade de estarem erradas com relação à maneira como a percebem. É assim que o conhecimento e a humildade se relacionam.


            Não devemos condenar o que não entendemos. Jesus nos advertiu das armadilhas que encontramos ao julgar os outros. Pois nossos julgamentos se baseiam em informações distorcidas por nosso modo de ser e que não correspondem necessariamente à realidade. Temos medo daquilo de que não conhecemos, precisamos acreditar que sabemos a verdade completa a respeito das coisas e das pessoas para nos sentirmos seguros, achando que dominamos completamente a situação e que nada novo virá nos perturbar. Esse temor do desconhecido é a base da intolerância. Levando-nos a julgar e rotular o que não compreendemos.


            Com nos livrar da autocondenação? Jesus sabia que as pessoas são salvas ou destruídas com base no que acreditam, e a autocondenação é uma dessas crenças destrutivas. Todo mundo sente-se mal às vezes com relação a coisas que fez, mas algumas pessoas sentem-se mal a respeito de quem são. Condenam-se e se tornam autodestrutivas se não descobrirem como mudar suas convicções com relação a si mesmas. Apresentar-lhes fatos raramente muda a atitude de autocondenação. Jesus ensinou que as crenças são modificadas pela fé e não pelos fatos.


            A verdade não é relativa, e acreditar no contrário e que nada realmente importa é exatamente o oposto do que Jesus ensinou. Apesar de a verdade ser absoluta, nós a percebemos de forma relativa. Sabia que não compreendemos objetivamente as verdades mais profundas da vida. Somente as interpretamos sem nunca realmente sermos objetivos a respeito de nada. A verdade é objetiva, e Jesus queria que fôssemos pessoas de convicção.


            A humildade não é passividade, e Jesus servir aos apóstolos lavando-lhes os pés, registrado em João 13:14, mostrou que era suficientemente confiante para assumir o papel de servidor, pois o status e o poder não tornam uma pessoa importante, e sim a sua capacidade de servir os outros.


            A verdadeira humildade exige confiança em si mesmo, é uma atitude baseado no amor. Ser uma pessoa passiva é recusar-se a ter uma atitude por causa do medo. E Jesus preferiu uma vida mais curta repleta de humildade e amor do que uma existência mais longa cheia de medo e passividade.


            Jesus ensinou que os “pobres em espírito” herdarão tesouros devido à sua humildade. Os terapeutas precisam ser humildes a fim de receber os tesouros que aparecem a partir de um bom relacionamento com os pacientes, pois muitos acreditam que o relacionamento criado na terapia é que ajuda as pessoas. Os psicólogos precisam ouvir com muito cuidado cada paciente para juntos descobrirem de que maneira o relacionamento que está sendo formado pode levar à cura.


            Para Jesus, o agente de cura sempre pensa em si mesmo em ralação aos outros, e uma relação bem conduzida, contribui poderosamente para a cura.


            Jesus é considerado como terapeuta, pois entendia melhor do que todos os problemas alheios. Dizia que, em vez de nos basearmos no dogma, devíamos nos apoiar em um relacionamento amoroso com Deus. Pregou o amor: “amai uns aos outros”, pois o amor é a substância que faz os seres humanos formarem com os outros, unidades indivisíveis.





Entendendo as pessoas: Elas são boas ou más?


            Se examinarmos como Jesus falava sobre as pessoas, perece que Ele não chegou a nenhuma conclusão. Do ponto de vista psicológico, encarar as pessoas simplesmente como boas ou más é muito simplista. Talvez seja mais fácil pensar assim porque, ao rotular os outros, sabemos em quem confiar e que evitar.


            E Jesus, considerava as pessoas essencialmente más? A profunda decepção com a raça humana, fez Deus, destruí-los nos grande dilúvio. Se a partir dessa verdade, Jesus concluiu que somos fundamentalmente maus, então nossa natureza é ser com os ladrões da parábola do samaritano. Apossaríamos do que pertence aos outros e não os respeitaríamos, porque o importante neste mundo seria a sobrevivência do mais forte.


            Qual o problema de ver as pessoas como más? Faz com que as pessoas tenham vergonha de ser humano, e querer se afastar da humanidade o máximo possível e só se associar àqueles que defendem idênticas convicções religiosas. Desprezam, mesmo que de forma inconsciente, aqueles que deixam de alcançar o seu nível espiritual.


            Se Jesus considerava as pessoas como más, então Ele as considerava essencialmente boas? Jesus falava do amor divino, que era incondicional. A humanidade como sendo a imagem de Deus, possui um valor inerente.


            Embora Ele reconhecesse o valor inerente de cada pessoa, elas só eram consideradas boas como conseqüência do seu relacionamento com Deus e com os outros. Não somos bons sozinhos.


            Somos profundamente influenciados pelos nossos relacionamentos com os outros. Precisamos deles para poder sermos saudáveis e completos. Jesus nos ensinou que, além de amar os outros, devemos tratar os mais próximos de nós como amigos. Não existe nada mais importante do que a nossa escolha deliberada e consciente de construir um relacionamento amoroso com aqueles que nos cercam, por mais difícil que isso seja. Reconhecer que dependemos fundamentalmente de alguém fora de nós é a única maneira de satisfazer a nossa natureza.


            O objetivo da vida de Jesus não era fazer com que tivéssemos mais moralidade e sim nos tornar mais amorosos em nossas relações. A vida seria melhor se pensássemos com mais freqüência que a nossa salvação consiste em restabelecer os relacionamentos rompidos.





Entendendo o crescimento


            As pessoas que estão crescendo são sempre capazes de mudar sua maneira de pensar a respeito das coisas. À medida que nos desenvolvemos e mudamos antigas convicções inflexíveis são destruídas e deixam de funcionar para nós.


            Jesus tinha um objetivo, estava decidido a tornar as pessoas conscientes do seu relacionamento com Deus. No entanto, Ele sabia que tinha que enfrentar alguns obstáculos. Uma das maiores barreira era o fato das pessoas ficarem presas a sua antigas convicções e formas de pensar.


            As pessoas só conhecem a si mesma quando se sentem amadas por Deus. Jesus acreditava que só podemos realmente entender sua mensagem quando há um encontro pessoal. Assim o crescimento que sentimos por sermos amados nos prepara para tomarmos consciência do que isso significa.


            Às vezes o crescimento precede a descoberta. Aqueles que afirmam saber tudo fazem isso porque estão presos a princípios organizados inconscientes e têm medo de mostrar qualquer ignorância.


            É muito difícil ajudar as pessoas quando elas não acreditam que precisam de auxílio. Jesus sabia que as pessoas têm a tendência de se justificar, achar que somos acima da média, e para sentirmos assim procuramos minimizar os problemas.


            É muito difícil mudar o que não entendemos. Para mudar os padrões de pensamentos e comportamento de uma vida inteira temos que nos conhecer e compreender.


            Viver a partir de padrões rígidos do passado resulta na morte espiritual, antes mesmo da morte física. Se quisermos permanecer espiritualmente vivos, temos que desenvolver conscientemente novas convicções que surgem com o crescimento. E não podemos alcançar este objetivo sozinho, precisamos de Deus e dos outros. Até mesmo aqueles que conseguem o que querem precisam pedir o que necessitam.


            Temos que ter coragem para crescer. E é preciso querer. Às vezes nossos amigos e nossa família ficam felizes aos nos verem crescer e mudar; às vezes, não. Quando as pessoas à nossa volta não se alegram aos nos verem diferentes, temos que seguir em frente.


            O crescimento é um processo trabalhoso, e não uma mudança instantânea. As mudanças rápidas são freqüentemente temporárias, mas o crescimento lento transforma profundamente.





Entendendo o pecado e a Psicopatologia


            O pecado é o egocentrismo que resulta em um relacionamento rompido. O egocentrismo situa-se no âmago dos problemas espirituais e psicológicos, porque tanto o pecado quanto a psicopatologia resultam da autopreservação a qualquer custo.


            A patologia do egoísmo surge, quando sentimos medo de que as nossas necessidades não serão satisfeitas e nos envolvemos em atos impulsivos de autopreservação ou em mecanismo de defesa para nos proteger. Esses mecanismos infelizmente tornam-se psicopatológica que nos separa não apenas das outras pessoas com também do nosso verdadeiro eu. Os psicólogos afirmam que não podemos ser completos sem nos relacionarmos com os outros. A saúde e a salvação para a patologia do egoísmo, são movimentos em direção aos outros.


            Jesus ensinava que o pecado é qualquer coisa que nos separe de Deus e dos outros. Se estamos avançando em direção a Deus e aos outros, estamos em um direção espiritual. Se nos afastamos, estamos nos movendo ao contrário.


            Uma das verdades espirituais da psicoterapia é que a meta não é chegar, mas fazer um movimento. O sucesso na terapia não consiste em alcançar o interior do círculo da saúde mental; consiste na capacidade de fazer um movimento em direção ás outras pessoas.


            O Papel do arrependimento na terapia não é fazer com que as pessoas se sintam mal a respeito de si mesmas, mas ajudá-las a mudar. É preciso perceber a necessidade de mudar. Para crescer tanto espiritualmente quanto psicologicamente, temos de modificar a nossa maneira de pensar e de agir.


            O arrependimento traz a culpa, mas quando ela é verdadeira ou falsa? A verdadeira culpa é o remorso que sentimos quando magoamos aqueles que amamos. A falsa culpa raramente beneficia o nosso relacionamento. Ou seja, a culpa motivada pelo amor cura a mágoa; a culpa baseada no medo só faz escondê-la.


            Se as pessoas fossem perfeitas, não pecariam. Parecer perfeito nunca foi sinal de saúde mental, muito pelo contrário. Ter a coragem de ser imperfeito indica muito mais uma auto-estima saudável do que fingir ser impecável. O perfeccionismo é uma máscara e não uma meta. Mas apesar da imperfeição podemos continuar a crescer.


            Ter maturidade de reconhecer que vamos continuar a pecar, nos faz capazes de rever nossas ações e corrigi-las.


            O pecado é um problema pessoal. Mas para Jesus a questão ligada ao pecado não é o que foi feito no passado, mas as providências que podem ser tomadas hoje para resolver o problema. Ele existe entre as pessoas e não dentro delas.


            A salvação e a psicoterapia. Segundo o autor, a psicoterapia funciona porque segue o padrão que Jesus descreve para o processo da salvação. Os bons relacionamentos nos curam. Não podemos ser psicologicamente saudáveis se não nos relacionarmos de um modo saudável com nós mesmos e com os outros. Os seres humanos foram criados desta maneira, ou seja, precisamos estar ligados aos outros para sermos completos.


            A psicoterapia é o processo de ajudar pessoas que estão perdidas a se reencontrarem. Ao estabelecer relacionamentos saudáveis com os outros, podemos reconduzi-los ao caminho da saúde psicológica.





Entendendo a religião


            Jesus cria que a religião foi feita para as pessoas, e não as pessoas para a religião. Freqüentemente Ele enfrentava rígidas criticas daqueles que pensavam diferente, achavam que Ele tinha perdido o objetivo da religião.


            Para Jesus a prática espiritual da misericórdia está acima do sacrifício e seus rituais religiosos. A misericórdia sempre leva em conta a outra pessoa; o sacrifício pode às vezes ser apenas para nós mesmos.


            Ritual religioso é uma ação concreta que simboliza uma realidade espiritual. Jesus acreditava que estes eram positivos quando usados para lembrar que temos um relacionamento com Deus e com os outros.


            O simbolismo religioso. Algumas pessoas fazem os gestos e repetem as palavras dos rituais sem perceber o sentido que elas encerram. Seguir regras e executar rituais sem entender que eles se destinam a favorecer o relacionamento, é praticar uma religião vazia que não favorece o crescimento espiritual.


            Freud odiava o fundamento religioso por crer que é uma ilusão que as pessoas usam para defender-se do sentimento de que estavam desamparadas no mundo. Escondendo-se atrás de rituais e regras religiosas, em vez de enfrentar significados e sentimentos mais profundos.


            Jesus discorda da opinião de Freud, pois a religião não é uma defesa contra sensação de desamparo, e sim uma resposta positiva a este sentimento, capaz de nos ajudar quando precisamos, pois todos necessitam de Deus.


            Os fundamentos religiosos são nocivos, pois torna as regras mais importantes do que as pessoas e não contribui em nada para o crescimento espiritual.


            O problema não é da religião e sim da rigidez religiosa. A sua prática inflexível priva as pessoas do que elas têm de melhor.


            Qual o propósito da religião? É nos trazer vida. Ligar-nos amorosamente a Deus e aos outros.


            Qual o propósito das regras espirituais? Os psicólogos que estudaram o desenvolvimento humano da moral humana chegaram a uma interessante conclusão. Começamos a vida com regras bastante concretas para lidar com as questões morais. À medida que amadurecemos, compreendemos que as regras são diretrizes e não leis rígidas que devem ser obedecidas.


            As regras que Jesus praticava serviam para facilitar o amor aos outros. Quando o amor é a lei, nós nos apoiamos nela para nos desenvolvermos.





Entendendo o vício


            Algumas pessoas têm dificuldades de relacionar-se com Deus, mas, como é da natureza humana estar ligada a alguma coisa, o substitui por objetos. É assim que Jesus definia a idolatria.


            Apegar-se a um objeto material para compensar a nossa necessidade de amor insatisfeita pode funcionar, mas temporariamente. A euforia que extraímos da posse material, pode nos faz esquecer que na verdade precisamos de algo mais profundo. Psicologicamente o objeto se torna um vício e espiritualmente se transforma no nosso deus.


            Quando criamos nossos “deuses” que exigem nossa atenção a ponto de destruir nossos relacionamentos com Deus e com outras pessoas, certamente estamos com graves problemas.


            Como o prazer da substituição não é duradouro, buscamos repetir esse processo cada vez mais em busca de satisfação, esse vício é chamado de doença progressiva.


            É fácil viciarmo-nos em coisas materiais e acreditar que elas podem substituir as nossas necessidades emocionais, mas é muito difícil largá-las.


            Esse tipo de euforia da idolatria é antídoto para a dor e o desapontamento da vida, neutralizando os sintomas, mas não cura.


            No caso do vício religioso Jesus nos adverte que não devemos usar a religião para parecermos íntegros, escondendo dentro de nós os nossos verdadeiros sentimentos. Pois a integridade baseada nos relacionamentos é mais importante do que a integridade fundamentada em dogmas.


            No caso da terapia ela por ser um vício para algumas pessoas, por não conseguirem definir seus sentimentos, usa a terapia para evitar sentimentos dolorosos, mas isso não ajudar a pessoa a mudar.


            Ela é extremamente útil para pessoa que chegam à conclusão de que não têm respostas para seus problemas e desejam entendê-los. Pessoas religiosas criticam a terapia acreditando que ela nos afasta de Deus.


            A terapia é um processo de dependência saudável. Ter necessidades não nos faz pessoas carentes. Precisamos uns dos outros para ser completos. A dependência é necessária para uma vida espiritual realizada, dependemos de Deus e dos outros para sobreviver. Tentar ser totalmente independente significa rejeitar nossa natureza fundamental, a dependência nos conduz à totalidade.


            Podemos encontrar a serenidade quando sabemos que podemos contar com alguém que nos faz sentirmos seguros.


            A cura é o amor que nos faz crescer, mas quando escolhemos um objeto como substituto do amor, o amadurecimento é interrompido.


            Jesus ensinou que a imagem visível de Deus na terra não é uma coisa ou um objeto e sim a capacidade criativa de se relacionar. Amar os outros é a expressão visível de Deus.





Conhecendo os seus sentimentos


            Os sentimentos no coração determinam que somos. Jesus nos ensinou que devemos ser como crianças, porque estas são inocentes, crédulas e abertas à suas emoções.


            Ser infantil exige pouco esforço, mas é preciso força para nos abrir às emoções como fazem as crianças.


            Jesus sempre as recebeu bem. Ele conhecia a importância de ser receptivo à abertura delas, assim Ele estimulava o seu crescimento. Hoje sabemos que o cérebro humano precisa experimentar a acolhida aos sentimentos para poder desenvolver-se adequadamente.


            Cada vez que uma criança é capaz de identificar um sentimento, como “Eu estou triste” ou “Eu estou feliz”, ela desenvolve uma noção mais forte de quem é o “eu” que está tendo o sentimento.


            Qual o papel dos sentimentos na nossa conexão com os outros? O entendimento emocional cria um vínculo. Nós nos sentimos aprovados quando os outros concordam intelectualmente conosco, e somos confortados quando eles nos protegem fisicamente, mas só nos sentimos ligados quando compartilhamos com eles experiências emocionais.


            O segredo para sobrevir ao sofrimento é se não tivermos que suportá-lo sozinhos. Jesus nos ensinou que se permitir que Deus permaneça conosco no sofrimento, por pior que este seja, podemos amadurecer e crescer durante os tempos difíceis. Caso contrário o sofrimento se torna traumático.


            Algumas crianças que sofrem circunstâncias extremamente difíceis tornam-se relativamente equilibradas, ao passo que outras que passaram por um sofrimento muito menor parecem psicologicamente mais prejudicadas.


            O trauma psicológico ocorre quando ninguém está presente para nos dar apoio e nos ajudar a compreender os danos que sofremos. E o dano psicológico acontece quando somos atingidos emocionalmente, algumas de nossas necessidades não são satisfeita. Os danos psicológicos podem causar traumas, e deixa a impressão de somos fracos, incompetentes, defeituosos e perseguidos. Um evento doloroso torna-se traumático quando adquire um significado negativo a respeito de quem somos.


            Compartilhar o fardo das ofensas que recebemos com alguém em quem confiamos, podem evitar que elas se transformem em trauma. O tempo por si só não é capaz de curar.


            As emoções não são sinais de fraqueza, algumas pessoas para se defender usam a racionalização. E apesar de achar que sua decisão de evitar as emoções seja racional, muitas vezes é puramente emocional. E sem consciência disso, fica sujeito ao poder destrutivo de uma emoção não controlada. Freqüentemente pensamos estar sendo objetivos e racionais para emprestar maior credibilidade às nossas conclusões. Mas a verdade é que seguimos o coração nas conclusões a que chegamos, mesmo quando insistimos em negar isso. Justificamos na mente o que decidimos no coração.





Conhecendo seu inconsciente


            O inconsciente é uma maneira de descrever o modo como a mente filtra o pensamento. Questões não resolvidas ficam armazenadas no inconsciente e são freqüentemente revistas. Sem perceber ficamos repetindo o passado na tentativa de corrigi-lo. Por isso é importante conhecer o inconsciente. Sem essa percepção, “estaremos sempre ouvindo, mas nunca entendendo”, porque algumas coisas importantes que precisamos compreender estão ocultas no nosso inconsciente.


            Somos criaturas de hábitos, e encontramos segurança nas nossas rotinas e identidade nas nossas tradições. Alguns hábitos são bons e Jesus recomendou que seguíssemos certas tradições para nos relacionarmos melhor uns com os outros e principalmente com Deus.


            O problema de seguir as tradições surge quando ficamos presos inconscientemente aos hábitos, porque esta atitude nos faz repetir atividades do passado sem percebemos isso. Temos que ter consciência da razão porque estamos seguindo as tradições. Os hábitos fundamentos no medo corrompem as tradições baseadas no respeito.


            Não devemos ter tanta certeza de nós mesmos, pois pensamentos inconscientes são experimentados como fatos. Como não sabemos que algo é inconsciente, temos certeza de que é verdadeiro.


            Ao agir com convicção absoluta de que estamos certos, com raciocínio inflexível, freqüentemente deixamos de perceber verdades importantes a respeito dos outros e muitas vezes também a respeito de nós mesmo.


            No nível mais profundo, todos nós vivemos em função das convicções armazenadas no inconsciente. Elas guiam automaticamente o nosso comportamento sem que o percebamos.


            A cura se processa de dentro para fora. Jesus sabia que a único modo de mudar o comportamento externo das pessoas era modificando o seu interior. Foi por isso que Ele nos disse para limpar primeiro o interior do copo.


            O fato de não termos consciência de uma coisa não significa que ela não possa nos prejudicar. A realidade atual diz uma coisa, as nossas convicções inconscientes outra, e esta geralmente saem vencedora, este conflito é a origem dos problemas psicológicos da nossa vida e podem ter conseqüências perniciosas. Não podemos vencer uma luta contra nós mesmo.


            Jesus nos exortou a sermos mais consciente, esta é a solução para não travarmos uma batalha com nós mesmos e ficarmos divididos.


            Como podemos saber o que existe no nosso consciente, e que pode estar nos prejudicando? Devemos parar e verificar, pois odiamos nas pessoas o que não conseguimos suportar em nós mesmos. O ódio aos outros freqüentemente é sintoma de uma ferida interna em nós mesmos.





Conhecendo a verdadeira humildade


            Jesus criticava o amor-próprio excessivo, porque acreditava que as pessoas que aceitam depender de Deus e abrem mão da auto-suficiência alcançam a plenitude. É preciso humildade para reconhecer que não somos Deus e saber que precisamos nos relacionar com Ele para sermos espiritualmente completos.


            O amor-próprio excessivo prejudica a nossa própria saúde espiritual e psicológica. A pessoa tem uma visão grandiosa de si mesma para defender-se das próprias imperfeições. O narcisismo prejudica o relacionamento com os outros e cria uma barreira.


            A guerra entre a psicologia e a religião se dá porque algumas pessoas não acreditam que elas sejam compatíveis. Ambas são consideradas culpadas de adotar uma atitude de narcisismo quando: a psicologia não admite que a religião possa contribuir para o entendimento do comportamento humano. E a religião quando não admite que a psicologia possa contribuir para o entendimento do coração e da mente humana.


            Jesus não pregou uma filosofia de vida e não deixou um conjunto de regras religiosas para serem seguidas, a religião dele era de relacionamento e não de regras.


            A psicologia está chegando à conclusão de que os seres humanos não podem existir sem um relacionamento saudável com outras pessoas. Pois eles são a atmosfera necessária à nossa sobrevivência.


            De acordo com Jesus, Deus não exige que mudemos para que Ele nos ame; é por nos amar que Ele nos estimula a mudar, por desejar o nosso crescimento. Temos uma necessidade de crescer e o estímulo que temos vem de Deus e nos encoraja a desenvolvermos.


            O vinculo formado pelo amor é mais forte do que laços baseados na total concordância. As diferenças não precisam significar divergências. Cada um de nós possui características únicas que enriquecem nossos relacionamentos com os outros. A nossa capacidade de conviver com essas diferenças é um sinal de saúde espiritual.


            Quando somos feridos no nosso nível mais profundo precisamos passar por um processo que exige a nossa participação ativa. Precisamos nos esforçar para identificar o que foi ferido no nosso coração e nos nossos relacionamentos para em seguida perdoar. Esta seqüência geralmente não é fácil e raramente é instantânea.


            É mais fácil desculpar as pessoas do que perdoá-las; mas para o nosso crescimento o ideal é perdoar.





Conhecendo o seu poder pessoal


            O poder que exercemos sobre os outros pode ser inebriantes, mas o seu efeito é temporário. Para Jesus o verdadeiro poder pessoal não residia em controlar os outros, mas em dar-lhes poder.


            Na psicologia não é diferente, pois o papel do psicólogo não é dar conselhos nem corrigir problemas, exercendo poder sobre as decisões das pessoas, mas é ajudar na compreensão melhor de si mesmo para fazer escolhas saudáveis.


            Para Jesus o poder pessoal é uma ligação amorosa com os outros, que resultam em algo muito maior do que a excelência individual.


            O poder pessoal não nasce dentro das pessoas; ele é uma força criada entre elas, ou seja, é alcançado com outras pessoas e não sobre elas.


            O poder de ser conhecido pessoalmente e entendidos nos confere a sensação psicológica de que tudo está bem. Temos que perceber que somos conhecidos pelos outros, tal como somos e não pelo que fazemos para nos sentirmos psicologicamente completos. Esse tipo de conhecimento é compartilhado entre as pessoas, pois são necessárias duas pessoas para criar o conhecimento pessoal. E quando se fundamenta na verdade, ambas são transformadas e crescem.


            O poder da empatia em sua maior expressão é sermos compreensivo com alguém de quem não gostamos. A mulher samaritana à beira do poço foi tão profundamente tocada pela forma empática com que Jesus a compreendeu que, teve a sensação de que Ele sabia “tudo o que tinha feito”. Era assim que Jesus demonstrava o seu poder pessoal.


            O poder da solidariedade. Esta é diferente de empatia. Solidariedade é o sentimento de compaixão por outra pessoa, e esta nos confere um poder pessoal.


            Podemos ser solidários com as pessoas mesmo quando não as entendemos. Este era um dos aspectos do poder de Jesus. Pois nunca se aproximou das pessoas dando a idéia de que precisavam mudar para serem dignas de amor, Ele as amava independente de quem era e de todas as suas imperfeições. A compaixão é um precioso instrumento de transformação.


            A ambição pode levar as pessoas a procurar o poder político e profissional. A ambição em alguns casos podem ser saudáveis e positivas. Mas o poder contudo é motivado pelo amor, e Jesus estava disposto a sacrificar qualquer coisa politicamente correta para preservar o seu poder pessoal. Nem mesmo aqueles mais próximos de Jesus compreendiam o seu poder pessoal. Alguns criam que Ele ascenderia à carreira política, mas Jesus estava mais interessado em priorizar as pessoas e suas necessidades.


            Jesus possuía poder pessoal e muita autoconfiança. Sentia-se seguro e à vontade para fascinar multidões ou acolher uma criança. Possuía a capacidade única de transmitir confiança sem ser confundido com um homem arrogante com necessidade de exercer controle.


            A confiança fortalece, ao passo que arrogância subjuga.





Conhecendo o seu verdadeiro valor


            Crescemos espiritualmente ao concentrarmos no relacionamento com Jesus. Ele nos ensina que só podemos encontrar o nosso centro espiritual interior ao reconhecê-lo como a dimensão do divino em nós. As pessoas que entram em contato com sua dimensão são pessoas retas e íntegras.


            O termo retidão pode aplicar-se tanto ao nosso relacionamento com os outros quanto com Deus. E aceitar que necessitamos dos outros não é sinal de fraqueza e sim de força. É através dos nossos relacionamentos que podemos alcançar o nosso mais elevado potencial. Ao ficarmos sozinhos nos esforçamos para parecer virtuoso aos nossos próprios olhos, mas sempre insatisfeito.


            Uma mulher pega em adultério foi levada a Jesus, para que Ele desse seu parecer em relação à lei judaica, mas Jesus lhes disse que aquele que não tivesse pecado atirasse a primeira pedra. Há distinção entre retidão e integridade. As pessoas retas seguiam leis religiosas em decorrência do relacionamento que já tinham com Deus e não para se tornarem retas.


            O primeiro passo em direção à retidão é reconhecer que somos todos pecadores, capazes de incorrer em erros no nosso relacionamento com os outros.


            Jesus ensinou que as pessoas, no seu desejo de segurança e proteção, precisam ter consciência do amor de Deus. Sob o aspecto psicológico, só podemos desenvolver a capacidade de nos acalmar se tivermos tido em nossa vida alguém em que podemos confiar e admirar durante a nossa fase de desenvolvimento. Ao confiarmos em Deus temos paz interior.


            A forma mais profunda de perdão é um processo de compreensão que exige esforço e mudança interior. Quanto mais tomamos consciência de nossos sentimentos e os entendemos, mais podemos mudar de idéia e mais profundamente somos capazes de perdoar. E conceder o perdão a si mesmo é a forma mais difícil de perdoar. Existem ocasiões em que perdoar a nós mesmo é mais árduo ato de amor.


            Jesus deixou claro que a sua definição do amor por si mesmo não significava egocentrismo. Para Ele, o amor por si mesmo estava intimamente ligado ao amor pelos outros, assim como o ódio por si mesmo conectado ao abuso dos outros. Ou seja, o amor por si mesmo e pelos outros não pode ser praticado separadamente.


            Precisamos nos abrir para o amor. E a razão pela quais muitas pessoas temem os relacionamentos é que o amor nos deixa vulneráveis. O risco de sofrer é o preço que pagamos quando estabelecemos um relacionamento com outras pessoas. Abrir-se para o amor é o que nos realiza.





CONCLUSÃO


            O autor prioriza o relacionamento da dependência de Deus e das pessoas, assim como Jesus que pregou o amor primeiro a Deus e segundo ao próximo.


            Jesus é considerado o maior psicólogo que já existiu, pois como ninguém conhecia os sentimentos mais profundos das pessoas. Fazendo-as olhares para si, verem os seus pecados e ficarem desejos de mudares e buscar perdão e crescerem espiritualmente.


            A terapia na psicologia age semelhantemente, o terapeuta busca junto com o paciente a olha para si mesmo sem medo, ver seus defeitos o que está impedindo de se relacionar com os outros, buscar a cura para seus fantasmas para que possam crescer.



2 comentários:

  1. Graça e paz do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo sejam na sua vida e na vida de cada um dos seus, irmão Alexandre!!!

    Muito obrigada por seguir o meu blog. Vim visitar o seu e também estou seguindo. É uma bênção!

    Preciso te avisar que o seu código para a divulgação do blog (o código da caixinha, para as pessoas copiarem e linkarem o seu blog) está faltando o "http". Olha, eu não sou expert nessas coisas, mas com o tempo, com muito custo, aprendi a mexer até dar certo. Então, linkei o seu blog. Coloquei o banner do seu blog lá na seleção de Blogs Amigos, no meu blog (onde tem os banners que ficam rolando para cima). Deu certo, após eu ter colocado o "http".

    Fique com Deus!

    Em Cristo,

    Claudia Sunshine (Claudia Paiva)
    http://blogdosultimos.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Paz.
    Claudia eu anida não testei essa janelinha foi o meu filho que fez e me mandou, mas eu acho que eu já corriji colocando o que voce me passou, é até uma vergonha para mim sendo tecnico em informatica deixando esses tipos de erros. rs
    Deus te abençoe sua vida e sua familia.

    www.pitante.blogspot.com

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