quarta-feira, 1 de setembro de 2010

10 verdades que pregamos sobre 10 mentiras que praticamos


Certo pastor estava buscando levar a igreja à prática da comunhão e da devoção experimentadas pela igreja do primeiro século (conforme descrita em Atos dos Apóstolos). Logo recebeu um comunicado de seus superiores: “Estamos preocupados com a forma como você vem conduzindo seu trabalho ministerial. Você foi designado para tomar conta dessa igreja e a fez retroceder, pelo menos, uns 40 anos! O quê está acontecendo?”. O pastor respondeu: “40 anos? Pois então lamento muitíssimo! Minha intenção era fazê-la retroceder uns 2.000!”.
Atualmente temos acompanhado um retrocesso da vivência e prática cristãs. Mas, infelizmente, não é um retrocesso como o da introdução acima. Algumas das verdades cristãs têm sido negadas na prática. Como diz Caio Fábio, muitos de nós somos “crentes teóricos, entretanto, ateus práticos”. Segue-se uma pequena lista dos tops 10 das verdades que pregamos (na teoria) acerca das mentiras que vivemos (na prática):

I – “SÓ JESUS SALVA” é o que dizemos crer. Mas o que ouvimos dizer é que só é salvo, salvo mesmo, quem é freqüente à igreja, quem dá o dízimo direitinho, quem toma a santa ceia, quem ganha almas para Jesus, quem fala língua estranha, quem tem unção, quem tem poder, quem é batizado, quem se livrou de todo vício, quem está com a vida no altar, quem segue os usos e costumes (dizem que é doutrina bíblica) etc e etc. Resumindo: em nosso conceito de salvação, só é salvo aquele que não me escandaliza.
II – “DIANTE DE DEUS, TODOS OS PECADOS SÃO IGUAIS” é o que dizemos crer. Mas, diante da igreja, o único pecado é fazer sexo fora do casamento. Quando um irmão é pego em adultério, é comum ouvirmos o comentário: “O irmão fulano caiu…”. Ou seja, adultério é visto como uma “queda”. Mas a fofoca que leva a notícia do adultério de ouvido a ouvido é permitida (embora, na Bíblia haja mais referências ao mexeriqueiro do que ao adúltero). Estar com o nome ‘sujo’ no SPC é permitido, embora a Bíblia condene o endividamento. Ser glutão é permitido, a ‘panelinha’ é permitida, sonegar imposto de renda é permitido (embora seja mentira e roubo), comprar produto pirata é permitido (embora seja crime) construir igreja em terreno público é permitido (embora seja invasão) tec...
III – “AUTOFLAGELAÇÃO É SACRIFÍCIO DE TOLO”, é o que dizemos crer. Condenamos o sujeito que faz procissão de joelhos, que sobe escadarias para pagar promessas. Ainda assim praticamos um masoquismo espiritual que se expõe em frases do tipo: “Chora que Deus responde”; “a hora em que seu estômago está doendo mais é a hora em que Deus está recebendo seu jejum”; “quando for orar de madrugada, tem que sair da cama quentinha e ir para o chão gelado”; “tem que pagar o preço”.
IV – “ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO É DIABÓLICO” é o que dizemos crer, mas vivemos praticando isso nas igrejas, dentro dos templos e durante os cultos!
- Olha só a cara do pastor. Deve ter brigado com a esposa.
- A irmã Fulana não tomou a ceia. Deve estar em pecado.
- Olha o irmão no boteco. Deve estar bebendo…
- Olha só o jeito que a irmã ora. É só para se amostrar…
- Olha a irmã lá pegando carona no carro do irmão. Hum, aí tem…

V – “DEUS USA QUEM ELE QUER” é o que dizemos. Mas também dizemos: Deus não pode usar quem está em pecado; Deus não usa ‘vaso sujo’; “Como é que Deus vai usar uma pessoa cheia de maquiagem, parecendo uma prostituta?”.
VI – “DEUS ABOMINA A IDOLATRIA” dizemos. Mas esquecemos que idolatria é tudo o que se torna o objeto principal de nossa preocupação, lealdade, serviço ou prazer. Como renda, bens, futebol, sexo ou qualquer outra coisa. A questão é: quem ou o quê regula o meu comportamento? Deus ou um substituto? Há até muitas esposas, por exemplo, que oram pela conversão do marido ao ponto disso tornar-se numa obsessão idolátrica: “Tenho que servir bem a Deus, para ele converter meu marido”; “Não posso deixar de ir a igreja senão Deus não salva meu marido”; “Preciso orar pelo meu marido, jejuar pelo meu marido, fazer campanhas pelo meu marido, deixar de pecar pelo meu marido”. Ou seja, a conversão do marido tornou-se o objetivo final e Deus apenas o meio para alcançar esse objetivo. E isso também é idolatria.
VII – A BÍBLIA É A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA CRISTÃS
…Eu sei que a Bíblia diz, mas o Estatuto da Igreja rege…
… Eu sei que a Bíblia diz, mas nossa denominação não entende assim
… Eu sei que a Bíblia diz, mas a profeta revelou que é assim que tem que ser
… Eu sei que a Bíblia diz, mas o homem de Deus teve um sonho…
…Eu sei que a Bíblia diz, mas isso é coisa do passado…
VIII – DEUS ME DEU ESTA BENÇÃO!
…mas eu paguei o preço.
…mas eu fiz por onde merece-la.
…mas não posso dividir com você porque posso estar interferindo na vontade de Deus. Vai que Ele não quer que você tenha… Se você quiser, pague o preço como eu paguei.
IX – NÃO SE DEVE JULGAR PELAS APARENCIAS. AS APARENCIAS ENGANAM – mas frequentemente nos deixamos levar por elas para emitirmos nossos juízos acerca dos outros. Julgamos pela roupa, pelo corte de cabelo, pelo tamanho da saia, pelo tipo de maquiagem (ou a falta dela), pelo jeito de andar, de falar, pelo aperto de mão, pela procedência. Frequentemente, repito: frequentemente falamos ou ouvimos alguém falar: “Nossa! Como você é diferente do que eu imaginava. Minha primeira impressão era de que você era outro tipo de pessoa”.
X – A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO DE DENTRO PARA FORA (é o que dizemos) – na prática não basta ser santo, tem que parecer santo. Se a tal ‘santificação’ não se manifestar logo em um comportamento pré-estabelecido, num jeito de falar, andar, vestir e de se comportar é porque o sujeito não se ‘converteu de verdade’.

5 comentários:

  1. É isso aí.

    Vamos mostrar quem de fato salva!!!

    Abraço em Cristo, de seu filho Alexandre Pitante.

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  2. Que post ótimo, adorei!!!

    E gostei mais ainda porque na maioria das coisas que você citou eu não me encaixo (ufa!), rs... Falando sério: é tudo muito verdade. Adorei o dois primeiros ítens, são excelentes.

    Se me pertmite, posso repostar esse tópico? Colocarei em http://claudioservodedeus.blogspot.com

    Abraços e que Deus o ilumine a cada dia mais para o trabalho que realiza.

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  3. Olá amado, a paz.

    Tenho que parabenizá-lo pelo post, rendeu muitos comentários em meu blog.

    Abraços.

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  4. Quando Deus quer usar o vaso, ele não olha a cor, os enfeites,as pinturas do vaso.A Bíblia diz como deve ser o vaso por fora? E mais: é a maquiagem que define a 'qualidade' do vaso, a moral, a ética ou o temor a Deus?A maquiagem não identifica prostituição. A Bíblia não proibe usar maquiagem.Geralmente quem muito fala mal das irmãs se maquiarem são aqueles que vivem 'maquiados' de religiosidade, mas são túmulos fétidos, túmulos caiados. Foram os 'maquiados' de religiosidade de crucificaram a Jesus.A prostituição, adultério, fornicação, etc estão na mente, na forma de ver e se comportar diante dos fatos. Se os teus olhos fazem ver a maquiagem como fornicação, é melhor arrancá-los para não ir para o inferno com os dois.Melhor ir para o Céu com um olho só!!!!!!

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  5. Quem salva é Jesus! Maquiagem não salva, não impede a salvação. Caso contrário estaríamos invalidando a morte de Cristo. O povo quando ficou triste com Deus perdeu a vontade de se enfeitar. O povo ficou triste porque pecou. O pecado afasta-nos de Deus e com isso afasta também a vontade de ficarmos bonitas. Leia Êxodo 33:4-6.
    Tem muito 'crente' que deveria ficar olhando a maquiagem dos rostos das mulheres, pois só assim desviaria os seus olhares das pernas das irmãs!!!!!!

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